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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mundo Novo: admirável ou abominável?


O homem atual preocupa-se cada vez menos com suas frustrações e com os conflitos sociais, pois consegue transformá-los em indignação, protestos, revoltas, e bandeiras de lutas de minorias discriminadas.
Cada dia mais liberto de preconceitos, convenções, dogmas e procurando adotar uma postura destemida, o homem do século XXI  ousa cada vez mais,  e sente-se mais sedento de novas emoções.
Faz sexo em grupo, com ambos os sexos ou só de homens ou mulheres, mantém relacionamentos paralelos com pessoas de sexos diferentes, experimenta drogas convencionais ou outras,  cheira cola e desodorantes, bebe de tudo que se lhe apresenta, injeta em si anestésicos e anabolizantes para cavalos, etc.
Dominado pelas sensações sempre insuficientes, e estimulado sempre a procurar novidades, chega ao ponto de deixar-se contaminar pelo vírus da AIDS, através de aidéticos escolhidos como convidados especiais em uma festa com honras de portador de um presente especial (the gift), como bem retratado no filme do mesmo nome. Presente que simboliza o falo, poder extremo para quem o porta – poder de vida e de morte. 
O novo homem, neste admirável novo mundo, não indaga mais de seu desejo pois para ele nada lhe parece ser específico, desde que possa preenchê-lo mesmo que ilusoriamente, e a seu bel prazer, visto que as condições para isto são muitas e as leis de proibição ignoradas. 

  
Numa época marcada pelo espírito sanguinário,
Nunca pensem ou digam - Isso é natural
.


Quando o poder do arbitrário tem força de lei,
Nunca pensem ou digam - Isso é natural
,

Nestes dias em que a humanidade se desumaniza.
Nunca pensem ou digam - Isso é natural,

Diante de tudo que vós abominam;  no seu dia à dia,

Nunca pensem ou digam - Isso é natural
,

Pois se assim vós procederes;  em seu dia à dia,
O abominável se tornará natural.

E investido pelo poder de sua tolêrancia,
Ele se tornará imutável.
     

terça-feira, 24 de abril de 2012

O lado Sombrio de nossa Consciência.






Existe uma parte sombria da consciência humana, que segundo Carl Gustav Jung é “a coisa que uma pessoa não tem desejo de ser”. 
Esta parte oculta que existe na psique humana (esta sombra), são seus sentimentos reprimidos, medos, desejos.
Esta sombra pode ser um aliado ou um destruidor na vida das pessoas.

E o que é este lado sombrio de nossa consciência?
Esta Sombra é tudo aquilo que o homem procura sufocar  por príncipios e
convenções impostos por doutrinações sofridas desde seu nascimento. É aquilo que o homem não quer ser pois se choca com sua educação familiar e social, mas acaba emergindo  em momentos de revolta.
É aquele sentimento ocultado de todos,  é aquele desvio de comportamento que uma pessoa considerada "boa" possui.  É o desejo de se entregar ao vício, de rebelar-se, de brigar...de mudar. É uma energia que ele tenta sufocar ao invés de tentar compreender,  e adaptar às suas necessidades.
Porém a Sombra é parte do homem,  e é algo bom.  Reprimida,  pode transformar-se em maus pensamentos,  perpetuando-se em atos ruins para si e os outros.
Mas descoberta e compreendida, esta Sombra  levará ao caminho da libertação.




Seres humanos são diferentes entre si, não apenas na aparência, mas
também, nos gostos, na compreensão que cada um tem da vida e das experiências que
vivenciam. 
Alguns preferem a segurança da superfície. Outros se aventuram em mergulhos profundos,  mas ninguém,  pode ter um ponto de vista exato do que é certo ou errado. Angustiado, o homem nem sempre tem a paciência para esperar o desfecho de um processo no seu ritmo normal.
Avança, utilizando atalhos, buscando soluções simples e rápidas. 
Evita à Dor, mesmo vislumbrando o potencial que ela tem para abrir novos portais. 
O homem acaba sendo seu maior opositor. Coloca-se contra si mesmo, apenas para evitar o confronto interno do bem e do mal,   da luz e da sombra. 
Se o homem se  propuser a trabalhar suas dúvidas,  e a percorrer os labirintos que o levam ao seu calabouço interior, alcançando-o;  infalivelmente se encontrará com o lado sombrio de seu ser.
Só assim ele conhecerá a si mesmo, atingindo á plenitude.




 O Bem E o Mal.
Existe uma tênue linha,
entre estes dois atos.
Quando estamos a fazer um,
na verdade podemos estar;
à propagar o outro.
Em vez de plantar,
podemos estar à ceifar.
Então. como evitar errar,
quando achamos estar acertando?
Como realmente construir algo,
que estamos á destruir com nossas
boas intenções?
Só Lúcifer pode nos livrar deste dilema.